segunda-feira, 3 de abril de 2017

Resenha: Vida e Proezas de Aléxis Zorbás - Nikos Kazantzákis


Sinopse:

A história é narrada por um intelectual grego que, depois de ser chamado de "roedor de papéis" pelo grande amigo Stavridákis , decide lançar-se em uma empreitada arrojada: explorar uma mina de linhito em Creta. Num bar do porto, pouco antes de embarcar, conhece Aléxis Zorbás, a quem contrata para chefiar os trabalhos. Ao chegar à ilha, instalam-se temporariamente na casa de Madame Hortense, uma velha atriz do amor francesa que vive de seu passado e que logo cede aos encantos do empregado-chefe.
"Vida e Proezas de Aléxis Zorbás" consegue ser ao mesmo tempo um romance de aventura, que se lê com febre, e um romance de formação, que transforma. Como em todo grande livro, sua leitura não é apenas uma experiência literária de excelência, é uma experiência de vida.

Resenha:

Dois homens destinados à uma amizade forte que transcende o tempo e o espaço. Enquanto um, sem nome e conhecido como “patrão”, busca o autoconhecimento através dos livros e das palavras, o outro, Aléxis Zorbás, ensina que a melhor forma de aprender a viver é vivendo. E viver não é apenas passar os dias, é ter a emoção de ver o canto dos pássaros, sentir a brisa vinda do mar, o brilho do sol e a paixão feminina como se fossem a primeira vez, afinal para ele a vida é uma sucessão de primeiras vezes.

A história do livro é simples, não tem grandes acontecimentos ou reviravoltas, mas ao ler a obra sentia-me volver ao passado, quando ainda era uma criança e sentava-me aos pés da minha bisavó para escutar as histórias que tinha para me dizer. Eu viajei para a Grécia, para as praias e senti o povo, as comidas e as paisagens dentro de mim através das palavras sensoriais de Nikos Kazantzákis.

A amizade dos nossos dois protagonistas se desenvolve com o decorrer dos capítulos, lentamente e de forma gradual. Existe uma cena, A CENA, que realmente me emocionou com o sentimento de libertação que vem sendo esperado desde o início. Quando o patrão se liberta, o leitor também sente, se liberta com ele, ao lado dele. E juntos, como o próprio Zorbás fazia, sentimos vontade de dançar para expressar o que as palavras não podem dizer.


No entanto, ao mesmo tempo em que o enredo é belo, também consegue ser polêmico. Por haver sido escrito em uma época com uma realidade muito diferente da que vivemos, podemos perceber pontos de vistas extremistas em relação à mulher, tratando-a como um ser quase sem cérebro, incapaz de realizar muito mais do que se espera. Mas tal misoginia é compreensível, afinal trata-se da década de 40, na Grécia.

Também existe a versão para os cinemas intitulada Zorba, o grego, do ano de 1964. Eu ainda não conferi, mas irei buscá-lo depois, pois muitos dizem que o filme é tão rico quanto o livro.

Ao final da obra tudo o que pude sentir foi tristeza por precisar me despedir do patrão, do esperto e por vezes irritante Zorbás, da Bubulina e seu papagaio, do pequeno povoado e das centenas de histórias que um povo pode contar. A obra é brilhante em todos os aspectos e merece ser lida com calma, digerida página por página. Sem dúvidas todo leitor voraz precisa conferir Vida e Proezas de Aléxis Zorbás.


“Cada homem tem  a sua loucura, mas acho que a maior loucura é a gente não ter loucura alguma.”

terça-feira, 28 de março de 2017

Resenha: The Award - Danielle Steel

Sinopse:

Capturing historical events, terrifying moments of danger, tragedy, the price of war, and the invincible spirit of a woman of honor, The Award is a monumental tale from one of our most gifted storytellers—Danielle Steel’s finest, most emotionally resonant novel yet.

Gaëlle de Barbet is sixteen years old in 1940 when the German army occupies France and frightening changes begin to occur. She is shocked and powerless when French gendarmes take away her closest friend, Rebekah Feldmann, and her family for deportation to an unknown, ominous fate.

The local German military commandant makes Gaëlle’s family estate outside Lyon into his headquarters. Her father and brother are killed by the Germans; her mother fades away into madness.




Resenha:


Danielle Steel tem um espaço reservado na minha prateleira e em meu coração. Sempre com livros extremamente marcantes e cheios de reviravoltas, acabou se tornando uma das minhas autoras favoritas desde que comecei a ser um leitor voraz. Com a sua escrita apaixonante, ela nos leva ao mundo da alta sociedade e nos mostra que tanto a dor quanto a felicidade estão na vida de todos, não importa a quantidade de dinheiro que tenhamos, a cor, o sexo ou a religião.

Em The Award conhecemos Gaëlle de Barbet, uma garota francesa de dezesseis anos que vive em meio à invasão alemã durante a Segunda Guerra no ano de 1940. A realidade é assustadora e as coisas mudam sucessivamente em sua vida. Para pior.

Logo no início os alemães levam a amiga Rebekah Feldmann e toda a sua família para um campo de concentração. Mas mesmo entre todos os perigos, Gaëlle foge de casa todos os dias, atravessa fronteiras e despista soldados apenas para reencontrar a melhor amiga. Até que um dia Rebekah desaparece e Gaëlle fica completamente aturdida ao encarar a realidade de que provavelmente ela nunca mais a reencontraria.

No entanto o destino não lhe dá espaço para se reestruturar e as perdas continuam. Seu pai e o seu irmão são mortos, sua mãe compadece em um estado de loucura e todas as pessoas a quem confiava deixaram-na sozinha. Agora, em meio a todo esse caos e com nada a perder, Gaëlle decide entrar para a resistência francesa, embarcando em mundo cheio de perigos.

                O enredo mostra toda a vida de Gaëlle, desde os piores momentos até os melhores, quando enfim o destino muda os seus caminhos outra vez. É um pouco complicado resenhar esse livro porque muitas coisas acontecem e qualquer ponto pode acabar se tornando um spoiler, mas o que posso afirmar é que The Award se tornou um dos meus livros favoritos da autora e de todos os tempos.

                O fato é que você irá sorrir com Gaëlle em suas conquistas e sofrer com todas as coisas que lhe acontecem. O que mais me chocou na história foi notar de maneira tão real até que ponto a ingratidão do ser humano pode chegar. Não entrarei em detalhes para não falar demais, mas sem dúvidas foi de cortar o coração.

The Award é avassalador, intenso e ocupará um lugar em seus pensamentos por um longo tempo, mesmo depois de terminá-lo. É um destes livros em que precisamos tê-lo na estante para relembrarmos que histórias românticas podem ser marcantes.

Merece cinco estrelas sem dúvidas!





sexta-feira, 24 de março de 2017

Resenha: Simplesmente o Paraíso - Julia Quinn

Sinopse:

Honoria Smythe-Smith é parte do famoso quarteto musical Smythe-Smith, embora não se engane e saiba que o dito quarteto carece sequer do menor sentido musical e tem esperanças postas que esta seja a última vez que se submeta a semelhante humilhação. Esta será sua temporada e com um pouco de sorte conseguirá um marido.

Durante um jantar, põe seus olhos em Gregory Bridgerton, um dos mais jovens da família Bridgerton. Sabe que não está apaixonada, mas ele parece uma opção mais que válida.
Marcus Holroyd é o melhor amigo do irmão de Honoria, Daniel, que vive exilado na Italia. Ele prometeu olhar por ela e leva suas responsabilidades muito seriamente. Odeia Londres e durante toda a temporada, permaneceu vigilante e intermediou quando acreditava que o pretendente não era o adequado.

Honoria e Marcus compartilham uma amizade, pouco atípica, fruto dos anos que se conhecem e que o torna parte da família.
Entretanto, um desafortunado acidente faz que ambos repensem sua relação e encontrem a maneira de confrontar o que surge entre eles, se tiverem coragem suficiente

Resenha:

É sempre maravilhoso ter em mãos um livro da Editora Arqueiro, e torna-se ainda melhor quando se trata de um romance de época. As histórias da Julia Quinn geralmente são garantias de bons momentos de leitura, e Simplesmente o Paraíso não foi diferente.

                Nesse primeiro livro do quarteto somos apresentados mais uma vez ao mundo da alta sociedade britânica e conhecemos as tradições da família Smythe-Smith . Uma delas é a de reunir anualmente quatro jovens da prole em uma apresentação musical. O problema? Todas são um completo desastre com os instrumentos! É importante aclarar que conforme estas jovens vão se casando, elas também vão sendo liberadas das apresentações e podem respirar aliviadas.

                O romance entre Honoria e Marcus, os protagonistas deste primeiro romance, me encantou de diversas formas e níveis pelo simples fato de que antes do que qualquer coisa, os dois sempre foram amigos. Esse tipo de livro onde os personagens são melhores amigos e acabam descobrindo que sentem algo a mais um pelo outro é um dos meus temas favoritos e vez ou outra eu me pegava com um grande sorriso no rosto enquanto devorava página por página.

Honoria é doce, corajosa e imparável. Uma mocinha muito decidida, amiga e ama a família. Inclusive, mesmo com toda a vergonha de ter que participar do recital, ela sempre se apresenta feliz, pois sabe que ter uma família como a dela é um privilégio para poucos. Já Marcus é o melhor amigo de Daniel, irmão de Honoria, e talvez seja um dos melhores mocinhos que já tive o prazer de conhecer. Por ser tímido, contido e solitário, demora um pouquinho para que possa tornar uma atitude, mas quando toma... É incrível!

Sem sombra de dúvidas recomendo essa história e já estou ansioso para conhecer os livros das outras musicistas. Como era de se esperar, Julia Quinn acertou a mão mais uma vez!


PS: Alguns personagens da série Os Bridgertons fazem participação especial nessa série também!

Quartero Smythe-Smith
1 - Simplesmente o paraíso
2 - Uma noite como esta
3 - A soma de todos os beijos
4 - Os mistérios de Sir Richard

sábado, 18 de março de 2017

Resenha - A Bela e a Fera (Filme - 2017)


Desde que foi anunciado que a Disney faria uma versão live-action do clássico A Bela e a Fera, fiquei extremamente ansioso. Acompanhei cada notícia e novidade que saía sobre a produção e quase enlouqueci quando vi o primeiro trailer. Como grande fã de romances, costumo gostar dos contos de fadas, então vai ser um pouco difícil fazer uma resenha imparcial quando amo esse tipo de história.

                Logo no início temos uma narrativa explicando o começo do enredo ao estilo “Era uma vez...”, e conhecemos o passado da Fera, que antes era um príncipe extremamente egoísta e vaidoso, e foi amaldiçoado por uma feiticeira a quem ele recusou ajuda. Por acidente, o pai de Bela encontra muitos anos depois o castelo onde tal príncipe vive e acaba sendo preso por pegar uma rosa no jardim para levar de presente para a filha. Bela, é claro, decide ficar no lugar do seu pai e tornar-se prisioneira da Fera. E através desse pontapé inicial, A Bela e a Fera ganha vida.

                Não foi apenas a afinação perfeita e doçura incomparável de Emma Watson sob a pele de Bela que tornou o filme mágico. Muito menos a fragilidade e insegurança extremamente reais da Fera feita por Dan Stevens. Foi muito mais do que isso, um todo rico em milhares de pequenos detalhes. Figurino, texto, iluminação e cenários enchem os olhos fazendo com que o expectador não deseje que a produção acabe. As cenas musicais que acontecem a todo instante são outro ponto encantador. Apesar do que muitos que não gostam do estilo possam pensar, o diretor foi assertivo e deu grande dinamicidade à obra, o que tornou prazeroso acompanhar todos os personagens cantando durante o filme.

                Apesar do sentimento constante de “contos de fadas”, é possível sentir o toque de realidade entre os diálogos, na dor dos personagens e em suas lágrimas. O amor, que cresce aos poucos, passou verdade e emocionou no final com o belo, e esperado, final feliz. No entanto, o que mais hipnotizou, foi o fato de que a Bela era a forte da história, a heroína central, enquanto a Fera apresentava todos os seus medos e anseios de maneira magistral. Gosto de personagens fortes e os dois conseguiram ser ainda mais do que eu esperava, cada um à sua maneira.


                Sem dúvidas A Bela e a Fera é um presente tanto para a nova geração que recém começou a se enfeitiçar com o poder da Disney quanto para os amantes já acostumados com as animações clássicas. O fato é que de alguma forma esse filme irá lhe trazer um grande sorriso aos lábios exatamente como todo bom conto de fadas deve conseguir fazer.

NOTA: 5/5




PS: Um encanto à parte, sem sombra de dúvidas, é a relação de mãe e filho entre a Ms Potts e Chip. Quando os dois apareciam, a sala inteira do cinema suspirava. E, sendo sincero, são os meus personagens favoritos do filme. Por isso, deixo aqui a minha observação de carinho a esses dois. =D

terça-feira, 14 de março de 2017

Resenha - Um Limite Entre Nós (Filme - 2017)

A história começa em 1950, mostrando Troy Maxson no trabalho como coletor de lixo conversando com o seu amigo Bono em um discurso inflado sobre a opressão do povo negro na sociedade da época, discurso esse que se mostra constante durante todo o decorrer do filme. Sendo um cidadão típico, com uma vida típica, Troy vai do trabalho para casa todos os dias, ás vezes sai para beber em um bar e tenta manter sob a visão dos dois filhos o seu papel de pai rígido. Enquanto o filho mais velho é músico e enrolado com as várias situações da vida, o mais novo tenta a carreira com o baseball assim como Troy tentou um dia. Já sua esposa, Rose, mostra-se uma mulher forte que controla a casa com punhos de ferro. (E para mim, muito mais forte e com muito mais personalidade do que o próprio Troy)

Quase que inteiramente enclausurada em um mesmo cenário, a residência dos Maxson, a obra aparentemente tentou isolar o espectador nas vidas dos personagens. O que comigo não funcionou, na verdade muito pelo contrário. Devido a falta de outros ambientes, não pude deixar de ter a impressão constante de que estava assistindo a algo de produção pobre. Posso estar sendo injusto, ou talvez não captei a essência que o diretor gostaria de passar, mas a verdade é que esse detalhe foi um dos que mais me incomodou.

                Vale ressaltar também que em alguns momentos podemos observar diálogos quase poéticos que se tornam ainda mais ricos com as atuações belíssimas de Denzel Washington e Viola Davis. No entanto, estes mesmos diálogos eram extremamente longos e pareciam esperar que tais atuações sustentassem o fôlego do filme, o que tampouco aconteceu. Mesmo com grandes interpretações, a história perdeu a agilidade que o cinema exige. Com isso, quase posso dizer que a produção é teatro pintado de cinema.

Todas as questões apresentadas inicialmente poderiam haver sido ignoradas devido ao esplendor da atuação dos atores, mas agora, logo após o fim do filme, sinto-me frustrado com todo o conjunto apresentado. Os personagens fizeram escolhas revoltantes desde o início. E no fim, quando pensei que ao menos a cena final valeria o esforço, a decepção tornou-se ainda maior. Com isso, depois de tantas decepções com as atitudes dos personagens em geral, simplesmente não poderia dizer que as minhas perdidas duas horas e dezenove minutos valerem à pena. Definitivamente não valeram.

Concluindo, temo que “Um limite entre nós” poderia ter sido muitas coisas, mas não foi.


NOTA: 1,5/5



PS: O título original "Fences" faria total sentido. Já "Um limite entre nós" me pareceu muito aleatório e até isso me incomodou.

sexta-feira, 10 de março de 2017

Resenha - Kong: A Ilha da Caveira (Filme - 2017)


Não é difícil afirmar que King Kong é um legado para o cinema. Desde que estreou em 1933, já pudemos acompanhar de diversas formas a história do macaco gigante.  Mas será que depois de tantas décadas ainda é possível manter a magia dos primeiros filmes e trazer uma nova versão mais moderna aos fãs saudosos? É isso o que Kong: A Ilha da Caveira nos traz, ou tenta trazer.

Nessa nova história ambientada em 1971, temos uma equipe de cientistas acompanhada por uma fotógrafa, um guia e um grupo de soldados liderados pelo coronel Packard seguindo rumo a uma ilha misteriosa no Pacífico. Quando chegam ao local, claro, logo descobrem que as lendas na verdade eram reais, e que inúmeros monstros misteriosos habitavam o lugar. Sendo assim, esse se torna o pontapé inicial para o filme que se desenrola em uma sucessão de cenas que se misturam entre ação e suspense.

Dirigida pelo quase estreante Jordan Vogt-Roberts, Kong: A Ilha da Caveira triunfa nos efeitos especiais extremamente realistas que deixam o expectador sem fôlego, presenteando-nos com tomadas recheadas de um ritmo frenético, mortes avassaladoras e belíssimas paisagens. No entanto, por outro lado, o roteiro fracassa com furos excessivos e falas inadequadas, que beiram o teor folhetinesco das novelas turcas.

Apenas para citar alguns exemplos dos erros quase catastróficos, temos o momento onde a fotógrafa Mason Weaver, interpretada pela atriz Brie Larson, tenta levantar um helicóptero sozinha. Mais adiante, James Conrad, feito por Tom Hiddleston em seus segundos de heroísmo durante uma das cenas mais eletrizantes do filme, se encontra em uma área poluída por gás tóxico. E o que ele faz? Isso mesmo, retira a máscara de gás! Como é o herói, nada acontece. Nem mesmo uma falta de ar leve. Falha grave!

Ao mesmo tempo em que surpreendeu positivamente com os efeitos especiais fantásticos, o filme praticamente chamou o espectador de idiota ao apresentar inúmeras falhas de roteiro e falas inacreditáveis. No final, esse novo blockbuster que bebe da amada fonte do King Kong, consegue ser belíssimo aos olhos, mas sofrível a qualquer um que deseja fazer até mesmo a menor das interpretações durante as duas horas da obra.


Quer descansar a mente e assistir a um filme repleto de sangue e aventura? Assista Kong: A Ilha da Caveira. Busca algo mais complexo e profundo? Bem, está no lugar errado.

NOTA: 3/5 (Regular)

Data de lançamento 9 de março de 2017 (1h 59min)
Direção: Jordan Vogt-Roberts
Elenco: Tom Hiddleston, Samuel L. Jackson, Brie Larson e outros.
Gêneros Aventura, Fantasia, Ação




quarta-feira, 6 de abril de 2016

[Tag]Li até a página 100... #2

Criada pelo blog Estante Lotada, a tag consiste em dizer quais foram as impressões de leitura durante as cem primeiras páginas do livro.
Pagina100

Estou lendo "Public School Superhero", do autor James Patterson.


Primeira frase da página 100:

"Cool.' I say."*


* - Legal. - Eu digo.


Do que se trata o livro?
Esse é mais um dos livros infantis do James Patterson que foi lançado no ano passado. O livro conta as aventuras e desventuras de Kenny Wright, um garoto que acabou de começar o ano escolar e tem que lidar com o desafio de encarar bullies, professores e a nem sempre agradável situação do lugar onde vive.
Meio que tentando fugir um pouquinho dessa realidade que o rodeia, Kenny se diverte com livros, xadrez e, claro, se transformando num super herói! (Imaginário, é claro!)

Um livro com centenas de lindas ilustrações, feito para todas as idades.


O que está achando até agora?

Não sei bem como anda a situação da educação nos Estados Unidos, mas sinto que esse livro serviu como uma forma de criticar a maneira com que algumas escolas pública são tratadas por lá. Apesar de ser escrito de maneira leve, divertida e engraçada - afinal o livro é para crianças, certo? - podemos perceber que há uma mensagem por trás da história do Kenny. Mensagens como a busca pela igualdade, pelo ensino para todos e, claro, sobre proporcionar novas chances para aqueles que não tem muito, ou quase nada.

Além disso, o livro possui ilustrações maravilhosas, que combinam de forma perfeita com a história.


O que está achando dos protagonistas?

Kenny é maravilhoso! Ele vive em uma área complicada de Washington, D.C, e estuda em uma escola pública repleta de péssimas influências. Por ter uma avó que pega muito no pé dele para continuar estudando e se dedicando, acaba sofrendo bullying pelos outros alunos.

Acho muito interessante a forma com que o personagem se sente em dúvida em relação aos estudos, se perguntando se isso realmente vale a pena.

A mensagem que as crianças recebem ao ler o livro é muito boa, afinal a ideia de que a esperança de crescimento e desenvolvimento está exatamente nos estudos é muito importante.


Melhor quote até agora:

"Today's my first day at Union Middle School, and the truth is, I'am a little scared.

Don't laugh. My school is way worse than your school. Believe that." (Página 6)


“But you know me. I want a lot of things I can't have." (Página 116)


"Hoje é meu primeiro dia na Union Middle School, e a verdade é que estou um pouco assustado.
Não ria. A minha escola é muito pior do que a sua escola. Acredite nisso."

"Mas você me conhece. Eu quero um monte de coisas que não posso ter."


Vai continuar lendo?

Claro! Na verdade já estou na página 156 e muito curioso para saber o final..


Última frase da página:

"She always says you're supposed to speak up if you see something wrong."

"Ela sempre diz que você deve dizer quando vê algo errado."