terça-feira, 14 de março de 2017

Resenha - Um Limite Entre Nós (Filme - 2017)

A história começa em 1950, mostrando Troy Maxson no trabalho como coletor de lixo conversando com o seu amigo Bono em um discurso inflado sobre a opressão do povo negro na sociedade da época, discurso esse que se mostra constante durante todo o decorrer do filme. Sendo um cidadão típico, com uma vida típica, Troy vai do trabalho para casa todos os dias, ás vezes sai para beber em um bar e tenta manter sob a visão dos dois filhos o seu papel de pai rígido. Enquanto o filho mais velho é músico e enrolado com as várias situações da vida, o mais novo tenta a carreira com o baseball assim como Troy tentou um dia. Já sua esposa, Rose, mostra-se uma mulher forte que controla a casa com punhos de ferro. (E para mim, muito mais forte e com muito mais personalidade do que o próprio Troy)

Quase que inteiramente enclausurada em um mesmo cenário, a residência dos Maxson, a obra aparentemente tentou isolar o espectador nas vidas dos personagens. O que comigo não funcionou, na verdade muito pelo contrário. Devido a falta de outros ambientes, não pude deixar de ter a impressão constante de que estava assistindo a algo de produção pobre. Posso estar sendo injusto, ou talvez não captei a essência que o diretor gostaria de passar, mas a verdade é que esse detalhe foi um dos que mais me incomodou.

                Vale ressaltar também que em alguns momentos podemos observar diálogos quase poéticos que se tornam ainda mais ricos com as atuações belíssimas de Denzel Washington e Viola Davis. No entanto, estes mesmos diálogos eram extremamente longos e pareciam esperar que tais atuações sustentassem o fôlego do filme, o que tampouco aconteceu. Mesmo com grandes interpretações, a história perdeu a agilidade que o cinema exige. Com isso, quase posso dizer que a produção é teatro pintado de cinema.

Todas as questões apresentadas inicialmente poderiam haver sido ignoradas devido ao esplendor da atuação dos atores, mas agora, logo após o fim do filme, sinto-me frustrado com todo o conjunto apresentado. Os personagens fizeram escolhas revoltantes desde o início. E no fim, quando pensei que ao menos a cena final valeria o esforço, a decepção tornou-se ainda maior. Com isso, depois de tantas decepções com as atitudes dos personagens em geral, simplesmente não poderia dizer que as minhas perdidas duas horas e dezenove minutos valerem à pena. Definitivamente não valeram.

Concluindo, temo que “Um limite entre nós” poderia ter sido muitas coisas, mas não foi.


NOTA: 1,5/5



PS: O título original "Fences" faria total sentido. Já "Um limite entre nós" me pareceu muito aleatório e até isso me incomodou.

Um comentário:

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